domingo, 2 de novembro de 2008

Músicas do Vasco / FJV

1- SÃO JANUÁRIO CALDEIRÃO

Vou torcer pro vasco ser campeão
São januário meu caldeirão
Vou torcer pro vasco ser campeão
São januário meu caldeirão
Vasco a tua glória é tu história
É relembrar o expresso da vitória
Contra o river plate sensacional (Gol de quem??)
Gol do juninho no monumental

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2- DE TODOS OS AMORES

De todos os amores que eu tive, és o mais antigo
O Vasco é minha vida, minha história, o meu primeiro amigo
Quem não te conhece me pergunta por que eu te segui
Eu levo a Cruz-de-Malta no meu peito desde que eu nasci
E eu não páro... Não páro, não! A Cruz-de-Malta... Meu coração
Vasco da Gama... Minha paixão! Vasco da Gama... Religião

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3- ANNA JULIA VASCAINA

Sempre ao teu lado até o fim
Minha vida é você
E a torcida do vascão
Sempre tão linda
Nós viemos para te apoiar
Juntos vamos ganhar
Na alegria e na dor
O sentimento não pára
Pois todo vascaíno
Tem amor infinito
Cantarei de coooraaaçãoooo

Vasco da gamaaaaaa
Vasco da gamaaaaaa

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4- Força Jovem em posição... pra dispensar a multidão!
Força Jovem em movimento... pra dispensar o bem nojento!
Acima de tudo, abaixo de nada... FORÇA JOVEM VASCOOOO!!!!
Eu sooooou, da FORÇA JOVEM eu sooooou,
o bicho vai pegar
e ninguém vai me segurar!

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5- Domingo, eu vou ao Maracanã, vou torcer pro time que sou fã.
Vou levar foguetes e bandeiras, não vai ser de brincadeira ele vai ser campeão.
não vou de cadeira numerada, vou sentar na arquibancada pra sentir mais emoção.
Porque meu time, bota pra fuder...
E a FORÇA JOVEM ......................... oooo, ooooooooo Vascooo!!!

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6- A FORÇA JOVEM canta, a galera se levanta... ihhhh só da Vasco... eeeeeeee bota pra fudeeeer!!!

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7- OOOOOOO... OOOOOO... VASCO Cheiro de pano queimado, canhão foi esmagado e seu lado foi tomado. Minha torcida é um esculacho, sou uh terror do Rio sou da FORÇA JOVEM VASCO!!! "Eu vou, eu vou, então venha quer brigar com a FORÇA JOVEM amor que venha, eu vou, eu vou, então venha quer brigar com a FORÇA JOVEM amor que venha!" Eu vou para o Maraca seja noite ou seja dia, a FORÇA ......................... judia , eu vou para o Maraca seja noite ou seja dia, a FORÇA ......... ôôô judia. Quer brigar com a FORÇA JOVEM (amor), que venha, pois o bandeirão da Jovem (amor) é lenha!

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8- Ô Balancê, balancêêêê! Escute o que vou lhe dizêêêêr! A espécie da Raça está em extinção, vocês viram na televisão! "COITADINHA!" da Raça, a Raça do urubu, ................ Tentou vuar no MARACA legal, e caiu na geral! (bis)

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9- Vem, vem chupar meu pau... Eô! Eô! Vem chupar meu pau... Eô, Eô! Que o campeão é o BACALHAU!

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10- Graças a Deus, eu sou VASCÃO! E ele está no coração... Ele ganhando, ele perdendo... Sou FORÇA JOVEM de coração!

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11- "Ei, vamos nessa! Vem no miudinho, vem no sapatinho, não tenha pressa! Ei, vamos nessa! Vem no miudinho, vem no sapatinho, não tenha pressa!" Vamos aprender, ôô, o Samba Rock do Molejão, vocês vão ver, ôô, alô galera preste atenção! Vamos aprender, ôô, o Samba Rock do Molejão, vocês vão ver, ôô, alô galera preste atenção! Pegue a gatinha, se liga nesse passo, dá uma rodadinha, e jogue para o lado. Pro lado de cá! Pro lado de lá! Cuidado pra gatinha não largar. Roda pra cá! Roda pra lá! Faça essa gatinha decolar! Se não conseguir, pegar na marcação, eu vou lhe ensinar a nova lição! Bata na palma da mão! (tum, tum) E vibre com o molejão! Bata na palma da mão! (tum, tum) E cante com o molejão! "Kolé, kolé, kolé, kolé, kolé, kolééééé... Sou da FORÇA, sou da FORÇA, sou da FORÇÁÁÁÁÁ!!! Koé, koé, koé, koé, koé, koééééééééé... Sou da FORÇA, sou da FORÇA, sou da FORÇÁÁÁÁÁ!!!"

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12- Samba do Unidos da Tijuca

Através da mão divina (AMOR); Naveguei, naveguei; O meu sonho de menino, quis assim o meu destino, Portugal e toda Europa encantei... Naveguei... Novos povos encontrei, por tempestades e lendas eu passei, para um almirante a coragem é a lei, por tantos mares viajei, na Índia eu então cheguei. Veio o progresso, nessa aventura, descobertas e culturas! É nessa onda que eu vou, o povo vai recordar, vem com a Unidos da Tijuca festejar, Rio de Janeiro, brasileiro, meu irmão... eu sou, eu sou, sou Vasco da Gama, tantas vezes campeão! Quando entra no gramado me alucina, esse clube da colina... centenário de paixão! Estrela no céu a brilhar, e faz essa galera delirar! (Vamos lá FJV! É a FORÇÁÁÁÁÁ)
"Vamos gritar meu povão! (É GOL! É GOL!)
A rede vai balançar! (VAI BALANÇAR!) Sou Vasco da Gama, meu bem... Campeão de TERRA e MAR!" (bis)

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13- Uh terror do RIO! FORÇA JOVEM, uh terror do RIO! FORÇA JOVEM!!

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14- Dá-lhe Dá-lhe Dá-lhe meu Vascão! Dá-lhe Dá-lhe Dá-lhe meu Vascão! uh meeeeeeu, o meu Vascãããããããão!!!

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15- Não é mole não! Aqui no Rio ninguém ganha do VASCÃO!!!

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16- Vaiê ................... Flamengoooooo... Eu sou da FORÇÁÁÁÁÁ.... Uh seu terrooooor!!!

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17- O senhor é vascaíno, vascaíno eu também sou, a FORÇA é rei, a Raça é cú, ........ no urubu!

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18- Auê! Auê! Auê! Auê! Auê! Auê! Se não der pra mim não dará para você!!!
Maracanã, eu quero vêr!!! Quem for fraco se arrebentar e eu não vou perder!!!
Sou batizado vascaíno o que que há? Eu sou da FORÇA JOVEM

e ninguem vai me segurar!!!

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19- O urubu tomou no cú... O Pó de Arroz, tomou depois;
O glorioso chupou meu pau(au), e o Campeão é o Bacalhau...

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20- Samaba da Mangueira

Bahia é luz, o poeta ao luar; Misticismo de um povo;
Salvador dos Orixás; Quem me chamou? Estrela de lá!!!
Foi São Januário(ôôô), prá noite brilhar.
"VASCÃOOO" jogando flores pelo ar;
se encantou com a musa que a Bahia dá;
"Obá", "Obá" birimbau ganza;
Ô capoeira joga os versos prá iáiá (bis);
"Caetano" Caetano e Gil ôôô, com a tropicália no olhar.
Doces bárbados, ensinando a brisa bailar.
A meiguice de uma voz "e o quê?".
Uma canção, no teatro de leão, Betânia explode coração.
"Ô Domingo" No parque amor, alegria, alegria eu vou,
a flor da festa do interior; seu nome é Gal,
"APLAUSOS", APLAUSOS!!! Aos cancioneiros, é carnaval,
é carnaval é RIO DE JANEIRO!!!; "Ô me leva" que eu vou sonho meu,
atrás da FORÇA JOVEM; só não vai quem já morreu!!! ÔÔÔÔÔÔÔÔÔ

Libertadores 1998

O titulo brasileiro de 1997 levou o Vasco a um dos maiores desafios de sua história: ganhar a Libertadores da América. Nas outras quatro vezes em que participou do torneio, em 1975, 80, 85 e 90, o Vasco não fora bem.
Mas dessa vez era diferente. A estrutura do Vasco estava mais sólida do que nunca e, em campo, o time sentia-se apoiado e seguro. O treinador Antônio Lopes ocupava o cargo há quase dois anos, a base vinha sendo mantida. E São Januário estava totalmente envolvido pela festa dos cem anos, pela emoção do centenário. O time, lembrado pelos gritos das arquibancadas, sabia das glórias que alcançaria se conquistasse a Taça.
A saga vascaína rumo ao título inédito começou no dia 4 de março. A torcida estava ansiosa. O time não fora bem no Torneio Rio-São Paulo; Luizão e Donizete ainda buscavam entrosamento no ataque, Juninho estava parado após a operação no púbis e o garoto Pedrinho ganhava a vaga de titular. Assim ficou difícil segurar o Grêmio no Estádio Olímpico. Guilherme fez 1 a 0 para os gaúchos.
Na semana seguinte, o Vasco embarcou para a temporada mexicana na Libertadores. No dia 17 de março, derrota para o Chivas Guadalajara por 1 a 0. Três dias depois, no Estádio Azteca, enfrentava o América, que saiu na frente. Mas Ramon fez o primeiro gol do Vasco na competição e salvou o time: 1 a 1. Um ponto em nove possíveis. Parecia ser mais uma daquelas campanhas decepcionantes. Mas, foi aí que surgiu a maior arma nessa cruzada: São Januário. A casa construída tijolo por tijolo, abriu os braços para abrigar o time ainda trôpego na Libertadores.
No dia 25 de março, 28 mil vascaínos lotaram o estádio. E começava uma rotina de festas: antes de o Vasco entrar em campo, um foguetório saudava o Gigante da Colina. Finalmente, a torcida viu que Edmundo, transferido para a Fiorentina, tinha substituto. E dois substitutos. Luizão e Donizete mostraram poder de fogo. O ex-jogador do La Coruña fez dois gols, e o Pantera Negra fez um: Vasco 3x0 Grêmio.
Abril, dia 3. O Vasco recebe o Guadalajara com São Januário de novo lotado. Luizão fez os dois gols da vitória que garantiu ao Vasco a classificação para a segunda fase. Com a vaga assegurada, o técnico Antônio Lopes quis poupar os titulares, já que o time também disputava o Estadual e a Copa do Brasil. No dia 9 de abril, o Vasco enfrentou o América só com dois titulares: Odvan e Felipe. Richardson fez o gol do empate de 1 a 1.
Vieram as oitavas de final, e, para enfrentar o então campeão Cruzeiro, Lopes foi buscar entre os juniores o companheiro improvisado para Mauro Galvão. Géder, de 19 anos, 1,82m. Outra vez deu certo. O Vasco venceu por 2 a 1 e foi para Belo Horizonte com mais tranqüilidade. Mas pouco antes da partida do dia 2 de maio surgiram problemas de última hora obrigando o técnico a armar o time para segurar o empate. No fim, um 0 a 0 que garantia o Vasco nas quartas de final. A partida marcou a volta de Juninho, depois de quatro meses parado.
O obstáculo seguinte era, de novo, o Grêmio, em Porto Alegre. O Vasco já não contava com Carlos Germano, que foi para a Copa do Mundo na França. O reserva Márcio contundiu-se e Caetano, terceiro goleiro, assumiu o gol vascaíno. Pedrinho marcou para o Vasco e Guilherme para o Grêmio. Depois do 1 a 1, o Vasco veio para São Januário precisando da vitória. Mais uma vez, entrou em cena o berço do futebol vascaíno: 30 mil torcedores presentes. Pedrinho marcou o gol histórico que levou o Vasco pela primeira vez às semifinais da Libertadores da América.
Durante a Copa do Mundo a taça foi paralisada. O intervalo de um mês e meio foi usado para uma preparação meticulosa. O primeiro duelo contra o River Plate, tricampeão argentino, foi em São Januário. No primeiro tempo, Donizete fez 1 a 0, mas, no segundo tempo, o River dominou. A torcida vascaína saiu calada. A vantagem de 1 a 0 parecia pouco para o jogo de volta no Monumental de Nuñez.
Quando o Vasco chegou a Buenos Aires, jogadores, a torcida e até o técnico do River Plate, Ramon Díaz demonstravam desprezo. Ramon declarou aos jornais locais que “o Vasco não era grande coisa”.
Sob um frio de 4 graus, 55 mil torcedores incentivavam o River, que começou pressionando. E o lateral Sorin marcou para os argentinos. No segundo tempo, o técnico Antônio Lopes colocou Juninho no lugar de Ramon. A 10 minutos do fim, Juninho cobrou com perfeição uma falta próxima à área. A bola fez curva e entrou de forma monumental no ângulo esquerdo do goleiro Burgos. O gol de empate garantia o Vasco na final. Era verdade, não era sonho não. O Vasco estava na finalíssima da Libertadores da América no ano de seu centenário.
De volta ao Rio, o Vasco investiu tudo na grande decisão. Lutou para realizar a primeira partida contra o Barcelona de Guaiaquil, do Equador, em São Januário, e não no Maracanã, colocando 34 mil ingressos à venda. Não sobrou nenhum. O técnico Antônio Lopes mudou o time: Vagner saiu do meio campo para a lateral direita e Juninho voltou a ser titular. Donizete abriu o caminho arriscando de longe, num golaço. Dez minutos depois, Luizão fez o segundo. O Vasco ainda chegou perto do terceiro gol, com Pedrinho acertando duas bolas na trave. A nau vascaína partia para Guaiaquil com a vantagem de poder perder por um gol de diferença.
Em Guaiaquil, de paz o Vasco não ouviu falar. Foi turbulenta a chegada, barulhenta a permanência, e um sufoco durante o jogo. Bola rolando, pedras, paus e garrafas voando da arquibancada para o gramado. De início, uma bola na trave de Carlos Germano e só. A partir daí, o Vasco controlou os nervos e calou os 80 mil equatorianos que acreditavam na vitória. Um lançamento de Juninho encontrou Luizão na entrada da área, ele dominou o zagueiro e ficou à frente do goleiro.
“O normal era ele sair, mas o cara não se mexeu. Esperei um pouco e dei uma bomba”, explicou Luizão depois. No finzinho do primeiro tempo, outra vez Juninho fez o passe perfeito, agora para Donizete, que se antecipou à zaga e chutou cruzado. O 2 a 0 já anunciava a conquista. Os equatorianos ainda fizeram um gol de cabeça, mas nem assustaram. O árbitro argentino Javier Castrilli tomou a bola das mãos de Carlos Germano e encerrou a Libertadores 98. O Brasil era campeão pela décima vez através do Vasco.
Com o gesto do juiz começaram as comemorações no Rio e por todo o Brasil. Ruas cheias, bares e restaurantes fervendo. Buzinaços. No dia seguinte, o time chegava para os braços da torcida. Aeroporto lotado, festa total. Num carro aberto dos Bombeiros, o Vasco desfilou pela cidade, passou pela sede do arqui-rival, numa alfinetada elegante. São Januário, feito pelo povo para o povo, abriu suas portas ao povo. Jogadores, torcedores, dirigentes, funcionários e quem mais chegou, festejando a grandiosa conquista vascaína.

Super Especial Mercosul 2000



A VIRADA DO MILÊNIO

VASCO CAMPEÃO DA COPA MERCOSUL 2000



OUÇA O , e GOLS DO VASCO NARRADOS PELO LUIZ PENIDO

OUÇA O , e GOLS DO VASCO NARRADOS PELO "GAROTINHO"

OUÇA O GOL DO TÍTULO NARRADO PELO "GAROTINHO" JOSÉ CARLOS ARAÚJO

VEJA UM RAIO-X DA PARTICIPAÇÃO DE CADA JOGADOR NA COPA MERCOSUL

CURTA MAIS FOTOS EXCLUSIVAS DA CARREATA DOS CAMPEÕES

MANDE WEBCARDS DO VASCO CAMPEÃO DA MERCOSUL A SEUS AMIGOS

BAIXE NOSSO PAPEL DE PAREDE EXCLUSIVO COM A FAIXA DE CAMPEÃO

LEIA A CRÔNICA DE EDUARDO LOPES SOBRE O TÍTULO HISTÓRICO

VEJA FOTOS EXCLUSIVAS DO DESFILE DOS CAMPEÕES PELAS RUAS DO RIO

VEJA A GALERIA DE FOTOS DO VASCO NA COPA MERCOSUL

LEIA A CRÔNICA DE RAFAEL MOREIRA FABRO: "A VERDADE É INFANTIL"

OUÇA O GOL DO TÍTULO NARRADO POR LUIZ PENIDO


O Jornal do Brasil parece ter sido o veículo que melhor descreveu, ou melhor, tentou descrever, o que ocorreu no Parque Antártica na noite do dia 20 de dezembro de 2000. Disse o JB: "Qualquer definição para a conquista de ontem do Vasco não seria suficiente para descrever o que aconteceu no Parque Antártica". Alguns dirão que é simples demais; outros dirão que é o óbvio. Mas não há como fugir disso. Afinal, só quem é vascaíno e sofreu o que nós sofremos durante toda a campanha da Mercosul 2000 pode entender o que foi o apito final do árbitro no terceiro jogo da decisão.

Nunca um título vascaíno foi tão sofrido. Basta lembrar como a caminhada para o título começou, coincidentemente numa derrota por 4 a 3 onde vencíamos o jogo por 2 a 0 e deixamos que o Peñarol virasse para 3 a 2 em menos de 15 minutos. É certo que a vitória por 3 a 0 sobre San Lorenzo em casa nos deu um alívio, mas logo depois perdemos para o Atlético por 2 a 0 no Mineirão e empatamos com o Peñarol por 1 a 1 num jogo em que fomos escandalosamente roubados. E passamos a precisar de uma combinação de resultados quase impossível, que acabou acontecendo.

Precisávamos vencer o San Lorenzo na Argentina e o Atlético em casa. Vencemos os dois jogos por 2 a 0. Precisávamos que o time reserva do San Lorenzo - já desclassificado e sem ter feito um único ponto até então - vencesse o Peñarol. E venceu! Precisávamos também que o Nacional do Uruguai empatasse ou perdesse para o Boca Juniors em casa. E empatou, por 3 a 3. Foi um sufoco, mas nos classificamos pela primeira vez para a segunda fase de uma Copa Mercosul.

Depois, pegamos o Rosário Central em São Januário. Ganhamos por 1 a 0, mesmo perdendo Romário minutos antes do início do jogo. Na partida de volta, jogamos mal e tomamos um gol aos 46 minutos do segundo tempo. Ninguém achava que teríamos moral para derrotar os argentinos nos pênaltis, mas tivemos. Hélton defendeu uma cobrança e passamos às semifinais.

Mais uma vez poucos acreditavam que o Vasco pudesse derrotar o poderoso River Plate. Lembravam-nos a todo instante daquele 5 a 1 de 1997. Mas o Vascão não esmoreceu e meteu 4 a 1 em pleno Monumental de Núñez, com uma atuação sobrenatural de Hélton. No jogo de volta, um 1 a 0 sob muita chuva e, principalmente (e lamentavelmente), sob muitas bordoadas dos argentinos.

E chegamos à decisão. O adversário seria o time "bom, bonito e barato" do Palmeiras. Fizemos uma festa inesquecível no primeiro jogo e metemos 2 a 0. A derrota no segundo jogo foi apenas um acidente de percurso. E veio o terceiro jogo em que o Vasco, cansado, vivendo um ambiente tumultuado pela troca de técnico, parecia que seria uma presa fácil para o "Porco". Ainda mais quando tomou 3 a 0 ainda no primeiro tempo, repetindo o que já havia ocorrido contra o mesmo Palmeiras no Rio-São Paulo de 2000 (na ocasião, o jogo acabou 4 a 0).

Dessa vez, portanto, a história seria diferente. O Vascão protagonizou uma das maiores viradas da história do futebol brasileiro e, com três gols de Romário e um de Juninho Paulista, levantou o título da Copa Mercosul.

Qual foi o principal aspecto desta decisão? A virada histórica? O sofrimento pelo cansaço causado pela maratona de jogos? A má vontade de parte da imprensa devido aos recentes problemas de censura em São Januário? A troca de técnico a três dias da finalíssima? A apreensão após quatro decisões consecutivas perdidas? A redenção de Romário, que era acusado de "sumir" nas decisões? O fato de o Vasco estar com um jogador a menos, e na casa do adversário?

Essas são nuances que serão discutidas ainda por muito tempo, por muitos anos, por várias gerações de vascaínos. Abençoados os que tiveram a oportunidade de ver a Virada do Milênio. A virada do time da virada, a poucos dias do fim do milênio, na casa do adversário, com um jogador a menos, sendo garfado pelo juiz (não se esqueçam do pênalti em Euller quando estava 3 a 0!), contra tudo e contra todos, como sempre foi em tudo que envolve o Vasco da Gama. Abençoados sejamos todos nós, vascaínos! O VASCO É CAMPEÃO!

Veja como a imprensa carioca noticiou a grande vitória vascaína:

VIRADA FANTÁSTICA: E o Vasco é campeão (Jornal do Brasil)
FICHA DO JOGO (Jornal do Brasil)
Vascaínos desabafam xingando (Jornal do Brasil)
Romário dedica vitória às crianças (Jornal do Brasil)
ATUAÇÕES (Jornal do Brasil)
Vasco é campeão da Mercosul com virada histórica sobre o Palmeiras (Lance!)
Time da virada (Lance!)
Baixinho é o maior (Lance!)
Estrela de Joel brilha (Lance!)
Para as crianças (Lance!)
A campanha do campeão (Lance!)
Heróis da resistência (O Dia)
Romário em noite de Pelé (O Dia)
Ficha técnica (O Dia)
Vasco consegue sua virada mais sensacional e é campeão (O Globo)
Título foi o terceiro do Vasco no continente (O Globo)
Choro emoção e um desabafo: chega de vice (O Globo)
Atuações (O Globo)
Súmula (O Globo)

Veja como a imprensa paulista noticiou a grande vitória vascaína:

Vasco vence por 4 a 3 e é campeão (O Estado de São Paulo)
Cerca de 10 mil fora da final (O Estado de São Paulo)
Eurico Miranda promete largar o Vasco (O Estado de São Paulo)
Romário cala o Verdão (Gazeta Esportiva)

Eurico diz que só sai após título mundial (Péle.net)
Até Dinamite entrou na festa do Vasco (Péle.net)
Vasco vira jogo sensacional e conquista a Copa Mercosul (Uol)
"O Vasco mereceu porque somos melhores tecnicamente", diz Romário (Uol)

Romário brilha, vira o jogo, e Vasco é campeão da Mercosul (Folha de São Paulo)
Jogadores do Vasco dedicam título a Oswaldo de Oliveira (Folha de São Paulo)
Título da Mercosul quebra 'síndrome do vice' no Vasco (Folha de São Paulo)


Veja os vídeos dos quatro gols históricos da Virada do Milênio:

1º Gol - Romário (pênalti)
2º Gol - Romário (pênalti)
3º Gol - Juninho Paulista
4º Gol - Romário


Veja as fotos da noite histórica:

Romário e Juninho Paulista comemoram o 3º gol
Romário comemora o 4º gol
Jogadores festejam o título
Romário com a taça de campeão
Eurico comemora o título com os jogadores

Veja mais fotos da noite histórica (adicionadas em 28/12/2000):

Alex Oliveira, Euller, Romário (com a taça) e Jorginho Paulista
Clébson, o único vascaíno que participou de todos os jogos
O "Filho do Vento" em ação na finalíssima
Eurico e os jogadores comemoram o título como se fossem crianças
Júnior Baiano não dá refresco!
Jorginho Paulista chegou da Itália para tomar conta da lateral-esquerda


Veja o pôster do Vascão Campeão:

Dois papéis de parede do time campeão!


Veja as fichas de todos os jogos do Vasco na Copa Mercosul 2000:

Primeira Fase

Peñarol 4 x 3 Vasco
Vasco 3 x 0 San Lorenzo
Atlético-MG 2 x 0 Vasco
Vasco 1 x 1 Peñarol
San Lorenzo 0 x 2 Vasco

Vasco 2 x 0 Atlético-MG

Quartas-de-Final

Vasco 1 x 0 Rosário Central
Rosário Central 1 x 0 Vasco (Nos pênaltis, Vasco 5 a 4)

Semifinais

River Plate 1 x 4 Vasco
Vasco 1 x 0 River Plate

Finais

Vasco 2 x 0 Palmeiras
Palmeiras 1 x 0 Vasco
Palmeiras 3 x 4 Vasco

Década do Centenário

História

1992-1998


O tricampeonato estadual 92/93/94

O campeonato estadual invicto de 92 foi conquistado ate' com uma certa facilidade, mesmo com o time sentindo a falta de Bebeto, vendido antes do inicio da competicao ao La Coruna. No primeiro turno, o Vasco terminou com dois pontos de vantagem, e no segundo, com seis, tendo assegurado o titulo com duas rodadas de antecedencia.

Em 93 e 94, a disputa foi mais dura, e o Vasco teve que decidir contra o Fluminense em ambas as ocasioes: Em 93, numa melhor de quatro pontos, em que o time estava muito desfalcado mas mesmo assim garantiu o bicampeonato num empate sem gols na partida final, com Bismarck ainda perdendo um penalti. Em 94, na ultima rodada do quadrangular final, novamente venceu o mesmo adversario, que outrora fora sempre tao dificil de superar, por 2 a 0. O Vasco, que ja' havia vencido mais uma vez o Flu na partida decisiva da Taca Guanabara com uma goleada de 4 a 1, permaneceu invicto ate' quatro partidas antes do fim do campeonato, quando sofreu o que viria a ser a sua unica derrota numa partida contra o Flamengo, com uma arbitragem muito contestada e os jogadores ainda traumatizados pelo falecimento do jogador Dener num acidente automobilistico dias antes. Dener, uma das grandes revelacoes do futebol brasileiro, havia sido emprestado ao Vasco pela Portuguesa de Desportos no inicio do ano.

Infelizmente, quando o Vasco iniciava mais um periodo de hegemonia no futebol carioca em 92, este ja' mostrava os efeitos dos muitos anos de administracao do nefasto "Caixa D'Agua", da incompetencia e falta de carater dos seus cartolas, num pais onde a politica do futebol nao deixa de ser um reflexo da sociedade em geral. Nenhum jogo do campeonato estadual de 92 pode ser disputado no Maracana interditado, abandonado e caindo aos pedacos. O publico pagante diminuia, desanimado nao so' pelos problemas cronicos de falta de seguranca nos estadios, falta de organizacao do calendario e denuncias de corrupcao, mas sobretudo pelo subito enfraquecimento tecnico dos clubes.

A bem da justica, diga-se que o Vasco, apesar de tambem ter dilapidado o seu elenco a exemplo dos outros clubes, foi todavia o que continuou a revelar mais talentos, alem de realizar contratacoes significativas. Durante a campanha do tricampeonato, foram revelados jogadores do quilate de Valdir, Edmundo (vendido apos ter sido o craque do campeonato de 92), Carlos Germano, Pimentel, Leandro, Yan e Gian, e contratados Luisinho, Ricardo Rocha e o tragicamente falecido Dener. Assim, o tricampeonato foi a consequencia inevitavel da diferenca de categoria entre a equipe do Vasco e as demais.

Jogadores de aluguel, tecnicos "prestigiados"

Depois do tricampeonato estadual, seria logico que o Vasco partisse para conquistas de alcance maior. Para isto teria que manter o elenco e reforcar o plantel nas posicoes carentes. No entanto o que se viu foi o oposto: Por um lado o elenco ia sendo dilapidado a precos camaradas; por outro, uma serie de jogadores de qualidade duvidosa, para nao dizer inuteis, cujos nomes nem vale a pena lembrar aqui, passaram a ser alugados de empresarios por quantias relativamente absurdas. Transacoes certamente vantajosas para os empresarios dos jogadores, e sabe la' quem mais, mas prejudiciais ao clube.

Deste modo, nao se constituiram em surpresas as campanhas mediocres no campeonato estadual de 95 - quando o Vasco deveria estar tentando o tetracampeonato - e no estadual de 96, nem as piores colocacoes obtidas pelo clube na historia dos campeonatos brasileiros - em 95 e 96 o clube terminou perto da zona de rebaixamento. Os treinadores, que nestas ocasioes sao sempre os bodes expiatorios, passaram a nao esquentar lugar em Sao Januario: foram nada menos de quatro tecnicos em 95 e cinco em 96. O ano seguinte seria de eleicoes, a politica interna comecava a ferver e a torcida fazia protestos contra a administracao do clube.

Porem houveram algumas excecoes a estas tendencias, que fizeram com que o Vasco escapasse deste cenario sinistro, que lembrava um pouco as fases passadas na decada de 60. No meio de tantas pessimas contratacoes, umas poucas acabaram sendo acertadas. Em 95, o passe de Juninho, da selecao brasileira de juniores, foi comprado do Sport Recife. Em meio ao campeonato brasileiro de 96, foi contratado o meia Ramon, eficiente jogador que estava ha' alguns anos na Europa. Mas a melhor contratacao, que devolveu ao Vasco o idolo que a torcida precisava desde a saida de Valdir para o Sao Paulo, foi a volta de Edmundo. Depois de continuar se destacando no Palmeiras, ele havia passado duas temporadas muito ruins no Flamengo e no Corinthians. Quase no fim de 96, com o clube claudicando no campeonato brasileiro, a volta de Edmundo foi concretizada, e ele logo demonstrou do que era capaz ao marcar tres gols numa goleada por 4 a 1 sobre o Flamengo.

Mesmo com Edmundo, o elenco ainda deixava a desejar. Apos mais uma campanha mediocre no baguncado campeonato estadual de 97, a diretoria concluiu que a unica chance de ser reeleita para o importante mandato do centenario do clube seria formar um time forte, capaz de ser um real candidato ao campeonato brasileiro. Consequentemente, as negociatas com empresarios de jogadores foram substituidas (pelo menos para a ocasiao) por contratacoes responsaveis, ainda que por emprestimo, visando a preencher as posicoes carentes do time. Outra decisao acertada foi a de interromper o circulo vicioso das trocas sucessivas de tecnicos e deixar que o trabalho do tecnico pudesse usufruir de continuidade. Como nao acontecia ha' mais de dez anos, finalmente o Vasco atravessaria alguns anos tendo um unico tecnico, Antonio Lopes.

O terceiro titulo brasileiro

O Vasco comecou sua participacao no campeonato brasileiro de 1997 com um elenco reformulado, mas mesmo assim nao havia muita gente que lhe atribuisse o mais ligeiro favoritismo. Ainda mais que o clube tambem teria que disputar em paralelo a Supercopa dos campeoes sul-americanos, devido ao reconhecimento oficial, por parte da Confederacao Sul-Americana, do historico titulo do Campeonato Sul-Americano de Clubes Campeoes de 1948. Mas os reforcos que chegavam a Sao Januario vinham cair como uma luva na equipe, que ia sendo armada na surdina pelo tecnico Antonio Lopes. Depois de anos, o Vasco voltava a ter uma equipe guerreira, com uma defesa solida, um meio campo a um tempo combativo e criativo e um ataque temivel.

Estas caracteristicas nao se formaram instantaneamente. No inicio da competicao, faltava entrosamento e padrao de jogo a equipe, alem de haver o problema da renovacao de contrato do grande goleiro Carlos Germano e uma contusao de lenta recuperacao de Juninho. Por isso o Vasco comecou perdendo pontos nas duas primeiras partidas. Mas nao tardou e a equipe comecou a vencer e a subir na tabela de classificacao, apesar de ter a menos duas partidas que haviam sido adiadas. Varios jogadores se destacavam, a comecar pelo goleiro Marcio, que de terceiro reserva passava a suprir brilhantemente o desfalque temporario de Carlos Germano. Odvan e Mauro Galvao se firmaram como parceiros ideais de zaga, onde a vitalidade e simplicidade do primeiro eram um complemento perfeito `a experiencia e classe do segundo. O lateral esquerdo Felipe, revelacao dos juniores, demonstrava muita habilidade e eficiencia no apoio. O meio-campo unia a tenacidade de Luisinho e Nasa na marcacao `a habilidade de Juninho e Ramon na criacao de jogadas. No ataque, Evair cumpria com abnegacao uma funcao tatica `a qual nao estava acostumado, de recuar e abrir espacos. Mas o principal fator de desequilibrio era mesmo Edmundo, que a cada partida parecia mais impossivel de ser marcado.

Os adversarios faziam de tudo para parar o genial artilheiro. Dentro de campo, eram as provocacoes para queimar o seu notorio pavio curto; fora de campo, a imprensa nao perdia uma oportunidade para alardear declaracoes polemicas do jogador, ou lembrar, sem motivo, suas antigas rixas com Evair, que havia sido seu parceiro de ataque no Palmeiras. As vezes as provocacoes funcionavam, como na partida contra o America de Natal, no Rio Grande do Norte, em que Edmundo acabou expulso e, na saida, muito irritado, declarou que "o Vasco vem jogar na Paraiba e botam um Paraiba para apitar". Depois deste incidente, explorado fora de proporcoes pela imprensa, Edmundo decidiu nao conceder mais entrevistas e declaracoes. Talvez por isso seu futebol cresceu ainda mais e seu comportamento disciplinar passou a ser muito bom. Enquanto Edmundo ia acumulando gols, o Vasco ia acumulando vitorias, e quem nao gostava tinha que engolir.

Numa noite de quarta-feira em Sao Januario, o Vasco goleou por 6 a 0 ao lanterna Uniao Sao Joao, com todos os gols marcados por Edmundo, que assim quebrou o recorde do campeonato brasileiro, de maior gols numa unica partida, que era de Roberto Dinamite e Ronaldinho, com cinco. Mais alem, ele quebraria outro, o de maior artilheiro em um campeonato brasileiro com 29 gols, superando a Reinaldo, que em 1978 havia marcado 28.

Depois de uma inesperada goleada sofrida na Supercopa para o River Plate, em Buenos Aires, por 5 a 1, os jogadores vascainos passaram a mostrar ainda mais uniao e determinacao no campeonato brasileiro e, ao fim da primeira fase, o Vasco obteve uma sequencia categorica de bons resultados que passavam a credencia-lo aos olhos da torcida como principal candidato ao titulo. Invicto em jogos no Rio, o time garantiu antecipadamente o primeiro lugar na primeira fase, apresentando a melhor campanha, o melhor ataque, o artilheiro e o melhor jogador do campeonato. A melhor campanha lhe assegurava a vantagem de poder terminar empatado na classificacao na fase semifinal para passar a final, e nesta, a vantagem do empate no placar global, o que acabou sendo decisivo.

Dos outros sete clubes classificados para a fase semifinal, o Vasco tinha derrotado a cinco na primeira fase - Internacional, Atletico-MG, Portuguesa, Flamengo e Palmeiras -, empatado com o Juventude e perdido apenas para o Santos. Na fase semifinal, o Vasco continuou demonstrando a sua superioridade. Comecou vencendo o Juventude fora de casa. A seguir, empatou em 1 a 1 com o Flamengo, um resultado favoravel, levando-se em consideracao a vantagem do empate na classificacao, mas que foi comemorado pelos adversarios como uma vitoria. Foi dito que o Vasco havia sido amarrado com um "no' tatico" e passaram a relembrar a eliminacao do Vasco pelo proprio Flamengo no campeonato brasileiro de 1992. Tudo ilusao de quem no fundo sabia que nao tinha time suficiente. Enquanto o Vasco, com uma tremenda pinta de campeao, vencia a perigosa Portuguesa no Maracana e repetia a dose no Morumbi, o Flamengo perdia bisonhamente para o Juventude em Porto Alegre. Mesmo que o Vasco perdesse a proxima partida para o Flamengo, bastaria uma vitoria sobre o Juventude no Maracana na ultima rodada para passar `a final, independente do resultado de Portuguesa x Flamengo em Sao Paulo.

Foi nessa situacao desesperadora que o Flamengo entrou em campo, com a obrigacao de atacar a qualquer custo. O tecnico Antonio Lopes entao tranquilamente posicionou o time para explorar os contra-ataques, e no final nao deu outra: Vasco 4 a 1, com tres gols e nova atuacao de gala de Edmundo, numa aparente repeticao do resultado do ano anterior. Com a diferenca que, naquela ocasiao, ambas equipes ja' nao tinham nenhuma aspiracao no campeonato, e nesta, o resultado valia a classificacao antecipada do Vasco na final. O terceiro gol de Edmundo, um golaco digno de antologia, foi inclusive o que quebrou o recorde da artilharia dos campeonatos brasileiros.

Depois desta goleada historica, a torcida vascaina estava de alma tao lavada, que dizia-se (retoricamente) que nao era nem preciso o Vasco fazer mais nada no campeonato. E realmente o Vasco nao venceu as tres partidas que lhe restavam. Mas nem era preciso. Depois do empate do time reserva com o Juventude, so' para cumprir tabela, o Vasco chegava a final contra o Palmeiras, o vencedor do outro grupo, com a vantagem da igual diferenca de gols, e foi o que aconteceu. A primeira partida, no Morumbi, e a segunda, no Maracana, foram durissimas mas, com dois empates sem gols, o Vasco conquistou o seu terceiro titulo brasileiro, com todo o merecimento.

Chegava assim o Vasco ao ano do seu centenario laureado como campeao brasileiro, com uma oportunidade de tentar vencer a Copa Libertadores e sonhar com o Mundial de Clubes em Toquio. Infelizmente, todavia, sem Edmundo, que deixava o Vasco rumo `a Italia, para jogar pela Fiorentina.

As glorias do centenario

Quando comecou 1998, ano em que o Vasco comemoraria o centenario da sua fundacao, havia uma grande expectativa em relacao ao desempenho esportivo do clube, tanto por parte de sua torcida, como das torcidas adversarias. Ainda estava bem fresco na memoria dos torcedores cariocas o que havia se passado com um certo clube tres anos antes, quando o seu presidente havia prometido "ganhar tudo no centenario". Como se sabe, o que acabou sucedendo foi um total fracasso. Em vez do "ano do centenario", o clube do presidente fanfarrao teve que se contentar com o "ano do sem-ter-nada". Obviamente, o Vasco nao queria passar pelo mesmo vexame, e dedicou-se de corpo e alma a estruturar-se para o sucesso, nao so no futebol, como em todos os esportes. E, para felicidade geral de milhoes de vascainos, o ano do centenario do clube veio a ser um dos mais vitoriosos de sua historia. Em todos os esportes, foram conquistados titulos significativos, entre os quais podemos orgulhosamente destacar o campeonato estadual e Trofeu Brasil de remo, o sul-americano de basquete, o estadual de handebol, campeonatos estadual e brasileiro de futebol feminino, e, no futebol, as conquistas da Taca Guanabara, Taca Rio, Campeonato Estadual e Copa Libertadores.

Com o objetivo de suprir as ausencias de Edmundo e Evair, que haviam deixado a equipe, o Vasco fez contratacoes de peso para o seu ataque, trazendo Donizete e Luizao, jogadores com passagem pela selecao brasileira. O resto do time continuou sendo a mesma base da campanha do Campeonato Brasileiro de 97. Para o Estadual de 98, a disparidade entre a forca do Vasco e os demais era tao aparente, que estes nao tiveram escrupulos em recorrer a manobras incriveis para tentar esvaziar a competicao e deslustrar o inevitavel titulo vascaino. Recorreram ate' `a molecagem de nao comparecer a campo, sob o pretexto de estarem protestando contra algumas transferencias de datas que o Vasco necessitava para evitar colisoes com compromissos pelas Copas do Brasil e Libertadores. Naturalmente fingiam que se esqueciam que a confusao do calendario foi culpa deles proprios, que tinham exigido a compressao da tabela do estadual para que pudessem dedicar-se exclusivamente ao Torneio Rio-Sao Paulo. Enfim, o fato e' que, as vitorias por WO tornaram a tarefa do Vasco ainda mais facil, e o clube tratou de conquistar com algumas rodadas de antecedencia os titulos da Taca Guanabara e Taca Rio e, consequentemente, do Campeonato Estadual, sem precisar de uma final.

Na Copa do Brasil, o time acabou nao conseguindo sua classificacao para a final, caindo na semifinal para o Cruzeiro. Porem a atencao de todos voltava-se para a Copa Libertadores. O inicio da campanha nao fora alentador, com o time conquistando apenas um ponto em tres partidas fora de casa. Os adversarios no grupo eram Guadalajara e America, do Mexico, e o Gremio. Nas tres partidas de volta, todas em Sao Januario, o Vasco nao podia pensar em perder para se classificar. De fato, a classificacao foi alcancada com duas vitorias indiscutiveis sobre o Gremio por 3 a 0 e sobre o Guadalajara por 2 a 0, e com o simples empate com o America, na ultima partida, o Vasco se classificou em segundo lugar no grupo. A partir dai', o time embalou na competicao e consecutivamente eliminou a Cruzeiro e Gremio, campeoes da Libertadores nos dois anos anteriores, e enfrentaria na semifinal o River Plate, apontado como a melhor equipe do continente e favorito para o titulo. Foi um confronto de proporcoes epicas. Apos superar a equipe argentina por 1 a 0 em Sao Januario, o Vasco arrancou um empate em 1 a 1 no Monumental de Nunez, sob intensa pressao, gracas a um golaco de Juninho, que havia entrado como substituto, numa magnifica cobranca de falta de longa distancia, faltando 8 minutos para o fim da partida. A final seria contra o Barcelona, de Guayaquil, em agosto, exatamente o mes em que as celebracoes pelo centenario atingiam o climax. A primeira partida foi um passeio em Sao Januario, e o placar de 2 a 0, com gols de Donizete e Luizao, saiu barato para os equatorianos. Mesmo assim, criou-se no Equador um clima de guerra para a segunda partida, e a torcida do Barcelona, ate' mesmo com uma certa dose de ingenuidade, acreditava que podia superar a vantagem vascaina. Mas na medida em que sua esperanca era destruida dentro do campo pelos craques vascainos, que ao final do primeiro tempo ja' haviam marcado 2 a 0, novamente por intermedio de Luizao e Donizete, os frustrados equatorianos nas arquibancadas do belissimo Estadio Monumental de Guayaquil passaram a agredir os torcedores vascainos presentes. Porem no final prevaleceu a alegria dos vascainos, pois com o resultado final de 2 a 1 podiam comemorar a inedita conquista da Copa Libertadores. Era mais um titulo sul-americano para o Vasco, numa repeticao do que havia acontecido 50 anos antes em Santiago do Chile. Houve uma grande carreata na volta da delegacao ao Rio, com milhares de vascainos desfilando pela cidade, do Galeao `a Zona Sul e terminando em Sao Januario, a festejar o centenario, a conquista e seus herois.

Depois disso, a partida em Toquio contra o campeao europeu, o Real Madrid, valendo o titulo mundial de clubes, passou a ser a prioridade. A equipe se apresentou no Campeonato Brasileiro com sucessivos desfalques - sendo o mais serio o de Pedrinho, que sofreu uma gravissima lesao no joelho apos uma entrada de um zagueiro do Cruzeiro -, enquanto que, na Copa Mercosul, o Vasco foi representado pelo Expressinho. Em ambas as competicoes, nao conseguiu classificacao para as fases decisivas. De qualquer forma, a estrategia previamente tracada era embarcar rumo a Toquio tao somente terminasse a fase de classificacao do Brasileiro, para poder se aclimatar e se acostumar com a diferenca de fuso horario no Japao. Desta maneira, mesmo que tivesse obtido a classificacao entre os oito primeiros - e esta so' escapou por causa de um empate com o Goias na ultima rodada - o Vasco teria que utilizar o Expressinho nas play-offs.

A caminho de Toquio, o Vasco ainda fez uma escala nos EUA, para um compromisso contra o DC United valendo a Copa Inter-Americana, que anualmente reune os campeoes das Copas Libertadores e da Concacaf. Na primeira partida, em Washington, o Vasco venceu por 1 a 0 e a segunda partida se realizaria durante a volta de Toquio ao Rio. O resultado positivo serviu para aumentar mais a motivacao para o confronto contra o Real Madrid. Os vascainos tinham motivos para estarem confiantes, pois teriam 10 dias para treinar e se condicionar para o confronto, enquanto que o campeao europeu, que chegaria na antevespera da partida, vinha cumprindo uma campanha de altos e baixos no campeonato espanhol, exibindo a cada jogo pontos vulneraveis na sua defesa. Lamentavelmente, quando a bola rolou, a equipe cruzmaltina nao soube impor um estilo de jogo ofensivo, que explorasse as deficiencias da zaga adversaria, e concedeu a iniciativa da partida aos espanhois. Passou o primeiro tempo sendo sufocada pelo adversario e acabou tomando um gol contra numa cabecada de extrema infelicidade do cabeca-de-area Nasa. A reacao parecia estar a caminho no segundo tempo, quando o Vasco equilibrou a partida, alcancou o empate num gol de Juninho, e partiu para cima do Real Madrid. Esteve a ponto de marcar, porem acabou tomando o segundo gol num contra-ataque, e nao teve mais tempo para se recuperar. A perda do titulo mundial abateu os jogadores e, quatro dias depois, um Vasco apatico foi derrotado pelo DC United por 2 a 0 em Fort Lauderdale, consequentemente deixando de ganhar tambem a Copa Inter-Americana. Uma conclusao triste, que os vascainos nao mereciam, de um ano que ate' entao havia lhes sido tao generoso em alegrias.

VASCO DA GAMA O MELHOR /+/

Ficha do Vasco contém os dados básicos a respeito deste grande clube brasileiro.

Na História do Vasco estão registrados os fatos relevantes ocorridos desde a fundação até o presente. Veja mais em : www.netvasco.com.br/mauroprais/vasco/estatis.html

O papel fundamental desempenhado pelo Vasco na extinção da odiosa discriminação racial que de início imperava no futebol brasileiro é motivo de orgulho para a imensa torcida cruzmaltina e merece menção especial.

Autores consagrados do jornalismo esportivo, como Sérgio Cabral, Aldir Blanc, Armando Nogueira, Álvaro do Nascimento e Mário Filho, dedicaram algumas de suas melhores crônicas a temas vascaínos.

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Um dos clubes mais vitoriosos do Brasil, o Vasco já conquistou nada menos de 108 títulos até agora.

O último título internacional do Vasco foi o da Copa Mercosul de 2000.

O Vasco foi o Primeiro Campeão Sul-Americano de Clubes, em 1948, título oficialmente reconhecido pela Confederação Sul-Americana de Futebol. A segunda conquista do Vasco no âmbito continental foi a Copa Libertadores de 1998.

O Vasco já conquistou o Campeonato Brasileiro quatro vezes desde que a competição foi instaurada em 1971. A Copa João Havelange de 2000 foi o título mais recente.

O mais recente dos 22 títulos estaduais do Vasco conquistado desde sua primeira participação, em 1923, foi o campeonato estadual de 2003.

Assim como o heróico almirante português, o Vasco é um desbravador de mares nunca dantes navegados. E a primeira vez a gente não esquece.

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Muitos craques cruzmaltinos já brilharam na Seleção, sendo a presença de jogadores do Vasco nas Copas do Mundo uma das mais numerosas dentre os clubes brasileiros.

A dinastia de artilheiros do Vasco, sempre um terror para as defesas adversárias, detém vários recordes do futebol brasileiro.

Quatro dos poucos monstros sagrados do futebol brasileiro que não foram do Vasco tiveram o privilégio de se sentirem vascaínos por um dia pelo menos.

Hinos do Vasco: O famoso compositor da MPB Lamartine Babo compôs os hinos de todos os clubes cariocas, inclusive o do Vasco. O que poucos sabem é que o Vasco possui outros dois hinos mais antigos.

Gols: Para quem gosta de colar o ouvido no radinho.

Álbum de Fotos: É demais p'ro meu visual.

Memorabílias: Um museu cruzmaltino.

Fernanda Abreu e o Rap da Felicidade Vascaína

Vinheta sonora "Vasco" (WAVE, 30k), das transmissões esportivas da Rádio Globo.

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